Região Oeste

Acusados de matar e jogar pedreiro em córrego de BH escapam da prisão após Júri

Um dos réus foi inocentado e o outro, que confessou o crime, foi condenado a 8 anos, mas ganhou a liberdade; crime aconteceu em setembro de 2022 no Buritis

Por José Vítor Camilo
Publicado em 23 de abril de 2024 | 22:00
 
 
 
normal

Ganharam a liberdade os dois homens acusados de matar e jogar o corpo de um pedreiro de 53 anos em um córrego do bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte, em setembro de 2022, após uma discussão de bar. A dupla foi a Júri nesta terça-feira (23 de abril), sendo que um deles foi inocentado e o outro, apesar de condenado a 8 anos e três meses de prisão, ganhou o direito de cumprir a pena em regime semi-aberto e de recorrer em liberdade. 

De acordo com o Fórum Lafayette, os jurados absolveram um dos homens pelos dois crimes pelos quais eles foram julgados: homicídio qualificado e ocultação de cadáver. No caso do segundo réu, ele foi absolvido na ocultação do corpo da vítima, mas não escapou da condenação pelo homicídio. 

"Diante da decisão dos jurados, a juíza Fabiana Cardoso Gomes Ferreira estipulou a pena em 8 anos e 3 meses de reclusão em regime fechado. Considerando que o réu esteve preso desde novembro de 2022, fixou a pena em regime semi-aberto e concedeu o direito de ele recorrer em liberdade", detalhou a assessoria do tribunal. 

O homicídio do pedreiro, que não tinha passagens pela polícia e era considerado "trabalhador" pela polícia, foi descoberto no dia 11 de setembro após o corpo da vítima ser localizado no córrego Cercadinho. Cerca de um mês depois a Polícia Civil realizou a prisão dos dois réus, que teriam participado da agressão ao homem e, também, do momento em que ele foi jogado em um barranco. 

Vítima foi agredida até a morte

Na ocasião da prisão dos homens, a delegada Letícia Gamboge, chefe do Departamento de Homicidios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que os suspeitos "agrediram covardemente" o pedreiro até a morte.

"No dia 11 de setembro, por volta de 17h40, um dos suspeitos teria ido a um bar da região, quando encontrou a vítima no mesmo estabelecimento. Por já terem um desafeto anterior, o suspeito, conhecido como Zé do Cachorro, deu uma garrafada na vítima, que por sua vez, tentou fugir", explica.

Ainda de acordo com a delegada, o suspeito conhecido como Zé do Cachorro tem uma deficiência na perna, o que dificultou sua locomoção. "Dois amigos do suspeito foram ajudar nas agressões. Eles alcançaram a vítima e iniciaram o espancamento. Quando o homem já estava desacordado, o trio o jogou dentro do córrego Cercadinho, onde foi encontrado morto", acrescenta. 

A dupla que foi a Júri nesta terça são os "amigos" do principal suspeito do crime, que será julgado separadamente. O motivo do crime, segundo o inquérito da Polícia Civil, teria sido uma discussão da vítima com a filha de um dos suspeitos no dia anterior ao homicídio, em um bar da região. 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!