Opinião

Educação inclusiva é direito

Prática deve ser compromisso das instituições

Por Marcos Venancio Mendes
Publicado em 12 de abril de 2024 | 07:30
 
 
 
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Comemorado em 14 de abril, o Dia Nacional da Luta pela Educação Inclusiva é uma data para reforçar e reafirmar a defesa por uma educação que seja realmente para todas as pessoas. Embora a educação seja um poderoso instrumento de transformação e seja considerada uma das formas mais efetivas de ascensão social, nem todas as pessoas têm acesso igualitário a essa oportunidade.

É por esse motivo que precisamos refletir e nos conscientizar sobre a importância da educação na perspectiva inclusiva. A inclusão educacional é um direito e, nesse sentido, garantir que não haja barreiras que limitem o acesso e o progresso das pessoas, permitindo que cada uma delas, independentemente das suas particularidades, alcance seu pleno potencial, se faz necessário. Somente assim construiremos uma sociedade mais justa, plural e realmente inclusiva.

O Senac, por sua vez, assume esse compromisso com a sociedade e tem um dos seus valores pautados na diversidade e inclusão. Atualmente, todos os cursos são pensados para atender a diversidade de pessoas. Com o apoio da Coordenação de Diversidade, Equidade e Inclusão, o público inclusivo é acompanhado e acolhido desde o ato da matrícula até o término do curso. A partir do momento que reconhecemos as diferentes necessidades específicas de cada estudante e, de algum modo, criamos ou fornecemos ferramentas e recursos que o auxiliem a desenvolver o seu potencial, contribuímos para o seu processo de aprendizagem e para a sua formação. Assim, estereótipos são quebrados e subjetividades são entendidas e potencializadas.

Pensando no público de pessoas com deficiência, por exemplo, o Senac disponibiliza uma série de tecnologias assistivas que promovem autonomia e independência e minimizam os impactos da deficiência no processo de aprendizado, além do suporte nos recursos humanos, como auxiliar educacional e intérprete de libras.

Infelizmente ainda falamos de uma sociedade preconceituosa, injusta e excludente, cercada de limitações. A cor da pele, o gênero com o qual nos identificamos, a nossa idade, quem amamos, entre outras características que nos tornam pessoas únicas, são usados como justificativas para uma inferiorização social que acaba levando à falta de oportunidades, impondo barreiras que, muitas vezes, obstruem a chegada desse público a instituições de ensino e, consequentemente, ao mercado de trabalho. 

É por isso que se faz necessário que a conscientização sobre a educação inclusiva seja um direito e essa informação alcance o máximo de pessoas, para que mais instituições também possam se comprometer com essa causa e perpetuá-la.

Marcos Venancio Mendes
Analista de diversidade, equidade e inclusão educacional do Senac

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