Na Região Centro-Sul

Feira de Economia Popular no Parque JK incrementa renda de produtores

Evento recebeu cerca de 25 expositores, desde artesãos até feirantes da área gastronômica neste domingo, 28

Por Gabriel Ferreira Borges
Publicado em 28 de abril de 2024 | 14:11
 
 
 
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Sob termômetros que chegaram quase aos 30°C, a edição da Feira de Economia Popular Solidária deste domingo, 28, no Parque JK, no Bairro Sion, região Centro-Sul de Belo Horizonte, incrementou a venda de profissionais autônomos. O evento, promovido pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), recebeu cerca de 25 expositores, desde artesãos até feirantes da área gastronômica.

Moradora da Região do Barreiro, Nilza Aparecida Ferreira Sales, de 62 anos, já vendeu cerca de R$ 600 em almofadas, como, por exemplo, de crochê e de bordado que ela mesma faz. "A gente vende os nossos produtos assim, em feiras esporádicas, e na Feira da Silva Lobo", apontou Nilza, cuja única fonte de renda são as feiras. Ela ainda participa da Feira de Economia Popular da Cidade Administrativa.

Priscilla Antunes de Oliveira Fonseca, 49, tem a venda de acessórios femininos artesanais como única fonte de renda desde 2019. "Nessas feiras, a gente faz o reposicionamento da marca, atinge novos clientes e abrange outros públicos", explicou Priscilla, que acrescentou que, às vezes, há clientes que propõem parcerias para levar os acessórios para lojas colaborativas e butiques. 

Ela, que faz brincos, colares e pulseiras com resíduos de materiais de construção como pastilhas de vidro, disse ter arrecadado R$ 815, que, segundo Priscilla, é a média que as Feiras de Economia Popular Solidária dão. "Em Belo Horizonte, a melhor forma de venda é através de feiras e algumas butiques, mas aí é mais restrito. On-line eu vendo mais para outros Estados", apontou a artesã, que participa de três Feiras de Economia Popular por mês. 

João Antônio Rodrigues, 62, ganha até dois salários-mínimos mensais com a venda de chopes artesanais e espetos. Só neste domingo a renda foi de mil reais. "Somos um grupo de três pessoas. Eu fico no atendimento, o meu amigo faz o chope e a minha parceira fica com a carne e o tempero. Gera uma rendinha pra cada um", contou o feirante. 

João Antônio, que é feirante desde que deixou uma autoescola onde trabalhou como instrutor por 14 anos, ainda espera melhoras da Feira de Economia Popular. "Ainda estão melhorando pra chegar no top", observou. Perguntado o que ainda falta, ele apontou que é um maior número de vendas. "Porque a gente depende de vendas. Está tímido, mas vai melhorar. Aqui é área nobre, por exemplo", emendou ele. 

Mas, para João Antônio, as feiras são a melhor forma de divulgar o trabalho. "É no boca a boca. A melhor propagando é essa. Come um espetinho, vai ali, o amigo vem e vai embora, vai vendendo. E é um círculo onde você conhece gente diferente toda hora, história diferente toda hora", afirmou ele, que está a dois anos de contribuição previdenciária se aposentar.

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