INVESTIGAÇÃO

PF cumpre mandados contra mais dois acusados de envolvimento no assassinato de Marielle Franco

A Polícia Federal cumpriu nesta quinta-feira (9) mandados contra mais dois acusados de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes

Por Renato Alves
Publicado em 09 de maio de 2024 | 09:43
 
 
 
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BRASÍLIA – Policiais federais cumpriram na manhã desta quinta-feira (9) mandados contra dois acusados de envolvimento nos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. 

Robson Calixto da Fonseca, conhecido como Peixe, que é ex-assessor de Domingos Brazão, foi preso no Rio de Janeiro. Ronald Paulo Alves Pereira, o Major Ronald, apontado como ex-chefe da milícia da Muzema, na Zona Oeste do Rio, já cumpria pena num presídio federal. 

As ordens foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu demandas da Procuradoria-Geral da República (PGR). A PGR denunciou à Justiça os três suspeitos presos desde o fim de março pelas mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes. 

Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão foram denunciados como mandantes do duplo homicídio e por integrar uma organização criminosa. Já o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PC-RJ) Rivaldo Barbosa foi denunciado também como um dos mandantes do crime. Robson e Major Ronald também entraram para o rol de denunciados. 

Domingos Brazão é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ); Chiquinho Brazão é deputado federal pelo União Brasil. Rivaldo era chefe da Polícia Civil à época do atentado e, até ser preso, era coordenador de Comunicações e Operações Policiais da instituição. 

Ronald foi preso em 2019 na operação Os Intocáveis por suspeita de participação nas mortes de Marielle Franco e de Anderson Gomes. Ele é acusado de participação no caso que ficou conhecido como Chacina da Via Show, ocorrida em 6 de dezembro de 2003 e que teve quatro jovens brutalmente assassinados na saída de uma festa. Os rapazes, que tinham de 13 a 21 anos, foram sequestrados por PMs que faziam a segurança do local e executados.

Já Robson Calixto é apontado como miliciano em algumas informações encaminhadas pelo Disque-Denúncia, em maio e junho de 2018, onde é apontado como o responsável por arrecadar valores exigidos por um grupo paramilitar que agia na região da Taquara, na Zona Oeste do Rio.

 

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