Comerciante que presenciou tiroteio no Alípio de Melo denuncia insegurança no local

A comerciante Aurisa Figueiredo da Silva, de 45 anos, denuncia uma onda de crimes no bairro Alípio de Melo, na região Noroeste de Belo Horizonte. Na manhã desta terça-feira (7), ela e outros trabalhadores da região presenciaram mais uma ocorrência: uma tentativa de assalto que terminou com um suspeito baleado por um policial civil aposentado.

Segundo a mulher, a perseguição teria começado perto de um shopping e durante uma tentativa de assalto. A trabalhadora não soube dizer se o crime teria sido cometido contra o policial, mas afirmou que foi ele quem perseguiu os suspeitos.

"A rua estava tranquila. Foi quando o carro entrou na rua, cantando pneu na contramão. O policial veio no carro dele e também na contramão. A gente veio ver o que aconteceu. Foi a hora em que o policial atingiu o homem. Mesmo assim eles correram. De repente, foi tanta polícia e até o helicóptero esteve aqui", conta.

A mulher relata que ouviu pelo menos dois tiros, logo após os veículos entrarem na via. Ela relembra o susto que todos no local levaram quando tudo aconteceu. "Foi questão de segundos, muito rápido. A gente foi arrastando todo mundo para dentro. Todo mundo tremendo. Foi cena de cinema", descreve.

Apesar de estar mais tranquila após o ocorrido, Aurisa reclama de falta de segurança na região. Segundo ela, o local tem sido alvo de criminosos. "Mês passado, invadiram minha loja à noite e levaram coisas minhas. Meu vizinho, apontaram arma na cabeça dele e levaram o dinheiro do aluguel. Entraram na minha amiga de cima, no salão", relata a mulher, que se sente impotente diante da situação.

"Vem uma pessoa e invade sua loja 2h43 da manhã, acaba com tudo, leva o que você conquistou com tanto suor. Eu me lembro, dá até vontade de chorar", desabafa.

O TEMPO solicitou um posicionamento da Polícia Militar de Minas Gerais sobre as denúncias. Assim que houver retorno, esta reportagem será atualizada.