CONTAGEM

Abrigo que ajuda cães e gatos abandonados pede ajuda para não fechar as portas na Grande BH

ONG Cãoviver, que também promove castrações de baixo custo, cria campanha de arrecadação para fazer adequações exigidas pela prefeitura

Por Gabriel Rezende
Publicado em 08 de maio de 2024 | 20:54
 
 
 
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Um abrigo que há mais de 20 anos recebe cães e gatos abandonados luta para não fechar as portas em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. A situação envolve a Organização Não Governamental (ONG) Cãoviver, que recebeu, da Vigilância Sanitária municipal, uma série de adequações exigidas até o fim de 2024. Se não forem cumpridas, a associação, que também oferece castrações e outras intervenções veterinárias de baixo custo, poderá ter que fechar as portas.

Voluntária no abrigo, Mayara Silveira afirma que os custos para implementar as adequações são estimados em mais de R$ 400 mil. Para conseguir levantar o valor, a associação desenvolveu uma vaquinha virtual (clique aqui para acessar). "Essa campanha de arrecadação é crucial para conseguir os fundos necessários", afirmou.

Entre as exigências da vigilância sanitária, estão: reforma do bloco cirúrgico, construção de novas salas de procedimento. Os pedidos apresentados pelo poder público são classificados como excesso de rigor pela voluntária. "Achamos que eles pesaram um pouco a mão, por prestarmos um serviço de saúde pública. A maioria das clínicas veterinárias não tem [a estrutura pedida]", alega.

A Cãoviver também promove feiras de adoção de cães e gatos, que são tratados, castrados e preparados para ir para um novo lar. A associação é sustentada por doações, voluntariado e serviços veterinários.

Resposta da Prefeitura de Contagem 

Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, afirmou que "o estabelecimento que se propõe a realizar atividades consideradas de alto risco" e que "precisa ter a capacidade técnica operacional para tal realização".

Também alegou que "a diretoria de Vigilância Sanitária é um órgão regulador, em que sua função principal é solicitar adequações em relação ao cumprimento das exigências sanitárias". 

Sobre a possibilidade de auxiliar os reparos, devido à natureza humanitária do trabalho prestado, o município argumenta que "a concessão de recursos não faz parte das atribuições legais da Vigilância Sanitária, por se tratar de um órgão de regulação". 

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