Com 92 mortes confirmadas no intervalo de 24 horas, Belo Horizonte teve nesta terça-feira (6) o pior dia da pandemia. Até então, a quinta-feira (1º) da semana passada havia sido a mais letal, com 90 vidas perdidas no mesmo período.
Apesar do dado alarmante, a prefeitura explica que nem todos os óbitos ocorreram entre segunda-feira (5) e hoje. O número pode ter relação com o represamento de dados do final de semana estendido com o feriado da Páscoa.
A capital mineira seguiu a tendência do Brasil, que hoje, pela primeira vez, bateu mais de 4 mil mortes pela Covid. De acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), foram exatos 4.195 óbitos nas últimas 24 horas, recorde absoluto.
Com os mais recentes registros, BH soma 3.406 vítimas que não conseguiram vencer a batalha para a Covid-19. Deste total, conforme detalhado pela Secretaria Municipal de Saúde, 83,38% (2.829) tinham mais de 60 anos. Homens e mulheres com idades entre 40 e 59 anos representam 14,32% (502) mortes para o vírus. Além disso, 71 pessoas entre 20 e 39 anos também faleceram.Até o momento, a cidade também tem quatro vidas perdidas entre 1 e 19 anos.
Após a idade avançada, a cardiopatia é a principal comorbidade entre os moradores que morreram no município. Em seguida aparecem a diabetes, pneumopatia e obesidade.
Melhoras nos índices
No mesmo dia que registrou o triste recorde, BH também teve melhora nos três indicadores que medem o avanço da pandemia. A ocupação dos leitos de UTI, que estava em 98,8%, caiu para 95,9% nesta terça-feira (6). A situação da enfermaria, somando as redes pública e privada, também apresentou melhora. Hoje a ocupação está em 79,1%, e no dia anterior o índice era de 82,5%.
Ainda de acordo com a Secretária Municipal de Saúde (SMSA), a taxa de transmissão do vírus desceu de 0,99 na segunda para 0,98 nesta terça, o que aponta desaceleração da enfermidade. Na prática, significa que cada 100 infectados transmitem a doença para 98 pessoas.