FEBRABAN

Bancos afirmam que brasileiros estão mais otimistas com a economia e com as finanças pessoais

Para a maioria dos entrevistados (56%), a esperança de que o país vai melhorar em 2024 é grande


Publicado em 06 de maio de 2024 | 13:02
 
 
 
normal

A maioria dos brasileiros permanece com olhar positivo para a situação do país e de sua vida pessoal, mantendo as expectativas favoráveis registradas no início do ano. Pesquisa realizada pela Federação Nacional dos Bancos (Febraban), feita no segundo bimestre de 2024, mostra que continua sendo maioria (56%) o percentual da população que tem esperança de que o país vai melhorar em 2024. Segundo a entidade, o dado sinaliza que esse sentimento permanece estável e acima dos 53% verificados em fevereiro de 2023.

Da mesma forma, permanece em patamar elevado (70%) o percentual de brasileiros que esperam que sua vida pessoal e familiar irá melhorar até o final de 2024. Esse percentual é ainda maior entre os jovens de 18 a 24 anos (83%) e os nordestinos (77%). Esses números estão próximos do recorde histórico (75%) de otimismo registrado na pesquisa anterior.

A pesquisa da Febraban foi realizada entre os dias 17 e 22 de abril, com 2.000 pessoas nas cinco regiões do país. Segundo os entrevistados, a inflação continua sendo preocupação dos brasileiros em 2024. Sete em cada dez (70%) brasileiros avaliam que os preços dos produtos aumentaram ou aumentaram muito em comparação com os últimos seis meses. Essa percepção está em elevação, mas permanece ainda abaixo do sentimento de dezembro de 2022, que chegou a 79%.

Também se mantém estável, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, a percepção de que a situação no Brasil está melhor agora que estava em 2023. 46% dos brasileiros se mantêm otimistas, sendo que, em fevereiro, esse índice era de 48%. Já o nível de pessimismo variou de 22% para 23%, assim como a parcela que considera a situação atual igual à de 2023, que passou de 29% para 30%.

“Nos primeiros meses do ano o humor e as expectativas dos brasileiros pouco se alteraram, mas registraram leve sinalização para baixo. Esse resultado é natural e reflete o sentimento de que os preços de algumas categorias de produtos e de serviços continuam impactando no seu bolso, o que, uma vez revertido e mantida a evolução do quadro econômico, deve resgatar o padrão de otimismo anterior”, aponta o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE, que fez a pesquisa.

Veja os cinco itens que mais impactaram a inflação, segundo entrevistados

  • Preço dos alimentos e outros produtos de abastecimento doméstico, citado por 73% dos entrevistados; 
  • O custo com os serviços de saúde privada e remédios com 33% das citações; 
  • Preços dos combustíveis (27%); 
  • Juros do cartão de crédito e dos financiamentos e empréstimos teve 13% das menções; 
  • Serviços de educação (7%). 

Veja as principais projeções feitas pelos entrevistados da Febraban  

  • Impostos: 57% acreditam que haverá aumento; 
  • Taxa de juros: 48% acreditam que vai aumentar; 
  • Inflação e custo de vida: 57% apostam em aumento; 
  • Endividamento das pessoas e famílias: 56% acreditam em aumento das dívidas; 
  • Acesso ao crédito das pessoas e empresas: para 37% dos brasileiros, haverá aumento do acesso; 
  • Poder de compra das pessoas: 33% dos brasileiros confiavam no aumento do poder de compra; 
  • Desemprego: a falta de vagas no mercado de trabalho deve aumentar, na opinião de 37% dos entrevistados; 
  • Salários: 52% dos entrevistados afirmam não acreditar em aumento ou redução salarial. 

PRIORIDADES DA POPULAÇÃO 

  • Saúde retoma o primeiro lugar (32%) como área prioritária para ações do Governo, na visão dos brasileiros; 
  • Emprego e renda, inquietação central de 28% dos brasileiros; 
  • Educação: 10% no ranking de prioridade; 
  • Inflação e custo de vida também cravaram 10%; 
  • Segurança permanece na quinta colocação, com 7% das citações; 
  • Fome e pobreza com 5% das menções. 

DESEJOS DA POPULAÇÃO 

Mais da metade dos brasileiros (52%) investiria em moradia (comprar: 31%; reformar:21%) caso tivesse recursos para isso. Em seguida, se houvesse sobras no orçamento, 47% aplicariam o dinheiro no banco (poupança: 21%; outros: 26%). Investimentos em educação pessoal ou da família vêm na sequência, com 17%. 

  • A vontade de viajar manteve-se em 13%; 
  • O desejo de comprar carro:  9%; 
  • Fazer ou melhorar o plano de saúde: 9%, 
  • Comprar eletrodomésticos e/ou eletrônicos: 6% das menções; 
  • Comprar moto: 3%; 
  • Fazer seguro de carro, casa, vida e/ou outros: 2%.   

ENDIVIDAMENTO 

A edição de abril mostra que é menor em relação a fevereiro (de 43% para 40%) a parcela de pessoas que acreditam que estarão menos endividadas esse ano do que estavam em 2023. Uma segunda parcela (36%) não vê perspectiva de alteração no endividamento, seja para mais ou para menos. Em fevereiro, eram 34%. Por outro lado, o número dos que apostam que estarão mais endividados no final do ano que no mesmo período do ano passado mantém relativa estabilidade, oscilando 1 ponto para cima (de 20% para 21%).

Cerca de um terço (31%) dos brasileiros declara já ter aderido ou ter pretensão de aderir a algum programa de refinanciamento de dívidas, contra 63% que não o fizeram. Quase um quinto (17%) tem a pretensão de fazer empréstimos nos próximos meses. A maciça maioria (80%) não expressa esse interesse. 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!