RIO DE JANEIRO

Madonna em Copacabana: Polícia registrou 213 ocorrências no dia do show

Cantora se apresentou para cerca de 1,6 milhão de pessoas no sábado (4)

Por Agência
Publicado em 06 de maio de 2024 | 17:22
 
 
 
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro registrou 213 ocorrências durante o show de Madonna na praia de Copacabana, no sábado (4). Sete pessoas foram presas e sete adolescentes foram aprendidos, segundo a polícia, que não deu mais detalhes sobre os casos. O Corpo de Bombeiros fez 45 ocorrências de salvamentos marítimos durante o show. A apresentação teve público de mais de 1,6 milhão de pessoas, segundo a Riotur.

Um homem foi preso por reconhecimento facial após ser identificado na avenida Nossa Senhora de Copacabana. Ele tinha mandado em aberto por tráfico de drogas. A Polícia Militar conduziu, durante todo o sábado, 38 pessoas às delegacias.

"Destacamos delegacias para atender às mulheres, vítimas vulneráveis, turistas. As delegacias foram reforçadas e estavam, felizmente, vazias", afirmou a delegada Raissa Celles, diretora do departamento geral de polícia, durante entrevista coletiva nesta segunda (6) para mostrar o resultado das ações de segurança durante o show.

O governo avaliou o policiamento como um sucesso. O secretário de Segurança Pública do estado, Victor Santos, disse que a segurança pública deu "um show".

"Em dado momento, o metrô teve 136 mil pessoas por hora. Fizemos um Réveillon encurtado, da rua Paula Freitas até a avenida Princesa Isabel. Ou seja, foi uma concentração de pessoas muito maior do que a do Réveillon, que se espalha pela orla inteira. Temos um retorno de imagem do estado perante o Brasil e o mundo", disse Santos.

Um caso teve maior repercussão: um homem foi agredido e colocado dentro de uma lixeira, sob suspeita de tentativa de furto. O vídeo viralizou nas redes sociais. A polícia disse que PMs foram chamados e o caso foi registrado na delegacia.

A Polícia Militar atribuiu o baixo número de ocorrências graves à adoção da estratégia de policiamento semelhante ao que é feito pela polícia da Bahia no carnaval de Salvador, com grupos de até 20 agentes circulando a pé pelo público.

Nos pontos de bloqueio, ao menos 219 facas foram apreendidas.
A Polícia Civil disse que as 213 ocorrências representaram um número 400% menor do que no show de Alok, em agosto do ano passado. A apresentação do DJ na praia de Copacabana foi marcada por casos de roubos e furtos.

No sábado, o Corpo de Bombeiros destacou 20 embarcações no mar e sobrevoou Copacabana com aeronaves de salvamento. A preocupação, além dos banhistas, eram os barcos que se aproximaram da praia para assistir ao show. A Capitania dos Portos autorizou mais de 200 embarcações.

"O mar estava um pouco mais agitado, isso já era esperado, e tínhamos muitos turistas internacionais. Fizemos um trabalho com a rede hoteleira para distribuir panfletos informativos", afirmou o secretário de Defesa Civil do estado, coronel Leandro Monteiro.
De acordo com a Defesa Civil, a maior ocorrência foi de pessoas que passaram mal no calor, horas antes do show.

"Eram pessoas estavam desde o início da manhã para pegar lugar próximo ao palco, em temperatura de aproximadamente 43°C na areia. Elas não saíam dali para não perder o espaço, então não se hidratavam."

A Cedae, companhia responsável pela captação e tratamento de águas no Rio de Janeiro, escalou funcionários oferecendo copos de água gratuitamente. Pontos de hidratação foram espalhados pela praia, e a Cedae estima ter distribuído 50 mil litros.

O Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) recebeu mais de 1.800 ligações para atendimento de casos como quedas e ingestão de bebidas alcoólicas. Nem todos precisaram de encaminhamento a unidades hospitalares. As UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) de Botafogo e Copacabana fizeram juntas cerca de 600 atendimentos.

"O resultado da segurança que se teve no evento resultou no sucesso da saúde. Não houve repercussão grave na saúde, como casos de agressão física, tiroteio. Foi um evento tranquilo", afirmou a secretária estadual de Saúde Claudia Mello. (Yuri Eiras / Folhapress)

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