Uma imagem que circula pelas redes sociais afirma que o prefeito de Belo Horizonte assumiu o erro pelas 1900 covas abertas nos cemitérios de BH. Segundo a postagem, as sepulturas serviriam para “supostas vítimas da Peste Chinesa”, uma forma de não reconhecer ou amenizar a gravidade da pandemia do novo coronavírus, declarada em 11 de março pela Organização Mundial de Saúde. Finalmente, a peça acusa Kalil de ser o responsável pela falência de diversos comerciantes.
A Agência O Tempo Checagem foi conferir a veracidade da declaração.
Veja aqui todas as apurações feitas pela Agência O Tempo Checagem.
Ainda início da pandemia, no mês de abril, a prefeitura da capital anunciou que estava abrindo preventivamente 1900 covas nos cemitérios da capital. A medida foi parte de um plano de contingência para evitar a falta de locais para sepultamento em um dos possíveis cenários de agravamento da crise. No entanto, a cidade não atravessou um período de elevação exponencial do número de mortes e no dia 30 de junho, Kalil deu a declaração para a Rádio Itatiaia. Até aquele dia BH só havia registrado 136 óbitos, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
Na declaração, dada no final da entrevista, Kalil disse ter xingado muito na prefeitura sobre a ação, mas que assumia o erro sem problema algum: “Houve um pregão a firma apresentou o menor preço, nós abrimos, estão abertas. Cova aberta não estraga, não dá defeito, não apodrece. Vamos chegar a 1.900 mil mortes um dia em Belo Horizonte, e que esse dia esteja muito longe. Eu não sabia disso, mas assumo o erro, sem problema nenhum. Xinguei muito isso aqui (na prefeitura). A culpa é minha mesmo", disse Kalil.
Nos números divulgados nesta terça-feira (15) pela Secretaria de Estado de Saúde, Belo Horizonte já teve 36.674 casos da doença e 1.127 mortes durante a pandemia. Como comparação, Fortaleza (CE) já registrou 3.810, a cidade do Rio de Janeiro alcançou 10.119 e São Paulo – capital – 12.003 óbitos. Belo Horizonte não figura nem entre as 10 cidades com mais mortes pela doença segundo dados do Ministério da Saúde.
Portanto, é verdade que Kalil assumiu erro pelas 1900 covas abertas nos cemitérios de BH.