Minas

Eleições 2020: Para candidatos de Nova Lima, tratar o esgoto é prioridade

Segundo prefeitura, só 29% dos rejeitos têm tratamento correto na cidade

Por Bruno Menezes
Publicado em 07 de novembro de 2020 | 06:00
 
 
 
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A falta de tratamento do esgoto em Nova Lima, na região metropolitana, é o principal problema na cidade quando o assunto é saneamento básico. Segundo dados da prefeitura, o abastecimento de água e o manejo de resíduos sólidos atendem 90% da população, mas o tratamento de esgoto está disponível em 29% das residências. Além de estar a céu aberto nos bairros mais afastados, a ausência do tratamento faz com que o esgoto seja lançado de forma bruta no rio das Velhas.

O atual vice-prefeito, João Marcelo Dieguez (Cidadania), quer refazer o plano de saneamento básico. “Ele foi idealizado em 2015. E nós precisamos também atualizar o Plano Diretor para ver como grande empreendimentos imobiliários podem contribuir ou impactar da menor forma possível o saneamento e o fornecimento de água”, diz.

Ele também defende a construção de novas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs). “Temos o compromisso de nos primeiros seis meses de mandato iniciar essas tratativas para que a região Noroeste tenham rede de esgoto e água”, pontua. 

O vereador Wesley de Jesus (DEM) também defende novas estações de tratamento, além do diálogo com as empresas de saneamento. “Temos que construir três novas estações. A Copasa não tem a concessão total. Por exemplo, no centro, tem só para abastecimento de água. E precisamos tratar das concessões com as empresas que atuam em Nova Lima, principalmente a Copasa”, afirma. Ele também defende a retomada da discussão do Plano de Saneamento Básico, que está na Câmara Municipal.

O ex-prefeito Carlinhos Rodrigues (PDT) contesta as informações da prefeitura. “Não existe tratamento de esgoto em 29%. É mentira. Existem duas estações de tratamento, no Jardim Canadá e Vale dos Cristais, construídas no nosso governo e que agora estão obsoletas”, disse. Carlinhos também quer investir na canalização. 

Desafio

Com o objetivo de garantir que 99% dos brasileiros tenham acesso a água potável e 90% a tratamento de esgoto até 2033, o governo federal sancionou em julho o Marco Regulatório do Saneamento Básico. O candidato Dr. Juarez (Solidariedade) afirma que o planejamento impõe um desafio a todos. “Essa lei mostra o que deve ser feito sobre água, esgoto, resíduo sólido e drenagem. Em vários lugares da cidade, eles vêm e colocam asfalto, mas não se preocupam em colocar rede de esgoto, a rede de água pluvial”, diz.

Segundo o candidato, quatro anos são suficientes para resolver grande parte dos problemas de saneamento. “Em uma cidade deste tamanho, temos pouco saneamento, e às vezes o esgoto anda junto com o curso da água pluvial, o que não é correto”.

Outras propostas

Soldado Flávio de Almeida (PT) defende a construção de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), no córrego Cardoso, e a canalização nos bairros mais afastados. “É onde a incidência de esgoto a céu aberto é maior. Vamos canalizar os pequenos córregos e direcionar para tratamento”, pontuou.

Jobert Jobão (UP) quer levar saneamento para mais pessoas e investir em coleta de lixo e no tratamento de efluentes. 

Sérgio Americano Mendes (Podemos) vai revisar o Plano Municipal de Saneamento, melhorar a drenagem e ampliar o tratamento de esgoto. 

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