Diversidade

Eleições 2020: Políticos de Nova Lima querem pasta para público LGBTQIA+

Justificativa para a criação da nova secretaria é ampliar ações da prefeitura

Por Bruno Menezes
Publicado em 11 de novembro de 2020 | 06:00
 
 
 
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A melhora no atendimento e fortalecimento das políticas públicas voltadas para a classe LGBTQIA+ com a participação da comunidade estão entre as propostas dos candidatos à Prefeitura de Nova Lima. O combate à homofobia e à transfobia que, em 2019, foram enquadradas como crime de racismo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) também constam nos planos de governo dos políticos.

O atual vice-prefeito, João Marcelo Dieguez (Cidadania), defende que “pensar na diversidade sexual é pensar também na cultura do respeito”. “Propomos estratégias para fortalecer essa política para que a população LGBTQIA+ encontre no nosso governo o espaço que sempre foi negado”, diz.

João Marcelo quer criar uma secretaria para abarcar, entre outras áreas, a defesa da classe. “O que a gente está propondo é a criação da Secretaria Municipal de Direitos e Defesa da Cidadania, o que nos permitirá trabalhar de forma efetiva e com orçamento próprio. Também queremos instituir o Conselho Municipal da Diversidade Sexual e construir um plano de enfrentamento à violência para os diversos públicos”, explica o candidato, que planeja se reunir com o público.

Na mesma linha, o vereador Wesley de Jesus (DEM) pretende criar a Secretaria de Direitos Humanos, com diversas áreas de atuação. “Hoje, o município tem uma coordenadoria da diversidade sexual. Queremos intensificar esse trabalho com o empoderamento dessa política, porque não se admite mais nenhum tipo de qualquer e preconceito”, defende.

Em relação à saúde, o candidato se diz preocupado com a falta de apoio. “Tive uma reunião com pessoas transexuais. Hoje, o SUS não dá suporte para o uso de hormônios, e as pessoas usam sem acompanhamento médico”, justifica.

O advogado Dr. Juarez (Solidariedade) pontua que o público precisa de atenção e dignidade. “Temos uma coordenadoria para esse público. Ela vai continuar existindo e vamos dar toda a atenção e toda a melhoria. Eu sempre digo que Nova Lima tem coisas boas, mas elas podem melhorar”, afirma. 

Ele também defende um apoio em caso de violência físicas e psicológicas. 

O ex-prefeito Carlinhos Rodrigues (PDT) reclama que a coordenadoria, criada em sua gestão, foi abandonada. “Ela foi desativada. É um lugar onde se articulariam as políticas, as ações de suporte, liberdade e diversidade na nossa cidade. Nossa própria atuação nessa questão foi positiva”, pontua.

O militar Soldado Flávio de Almeida (PT) defende um trabalho integrado em defesa da causa LGBTQIA+. “O trabalho é de longo prazo e integrado, com vários setores conjuntos. Isso começa com ações educacionais para a instrução coletiva nas escolas e dentro dos próprios bairros, promovidas pelas associações em parceria com as coordenadorias de Inclusão Social”, explica. 

Jobert Jobão (UP) afirma em seu programa de governo que é preciso garantir que o público LGBTQIA+ tenha acesso ao mercado de trabalho e o reconhecimento do nome social. 

Já o empresário Sérgio Americano Mendes (Podemos) planeja, em uma eventual gestão, que a administração pública se guie pelo respeito às diversidades, à liberdade de expressão e à cidadania.

 

 

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