A melhora no atendimento e fortalecimento das políticas públicas voltadas para a classe LGBTQIA+ com a participação da comunidade estão entre as propostas dos candidatos à Prefeitura de Nova Lima. O combate à homofobia e à transfobia que, em 2019, foram enquadradas como crime de racismo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) também constam nos planos de governo dos políticos.
O atual vice-prefeito, João Marcelo Dieguez (Cidadania), defende que “pensar na diversidade sexual é pensar também na cultura do respeito”. “Propomos estratégias para fortalecer essa política para que a população LGBTQIA+ encontre no nosso governo o espaço que sempre foi negado”, diz.
João Marcelo quer criar uma secretaria para abarcar, entre outras áreas, a defesa da classe. “O que a gente está propondo é a criação da Secretaria Municipal de Direitos e Defesa da Cidadania, o que nos permitirá trabalhar de forma efetiva e com orçamento próprio. Também queremos instituir o Conselho Municipal da Diversidade Sexual e construir um plano de enfrentamento à violência para os diversos públicos”, explica o candidato, que planeja se reunir com o público.
Na mesma linha, o vereador Wesley de Jesus (DEM) pretende criar a Secretaria de Direitos Humanos, com diversas áreas de atuação. “Hoje, o município tem uma coordenadoria da diversidade sexual. Queremos intensificar esse trabalho com o empoderamento dessa política, porque não se admite mais nenhum tipo de qualquer e preconceito”, defende.
Em relação à saúde, o candidato se diz preocupado com a falta de apoio. “Tive uma reunião com pessoas transexuais. Hoje, o SUS não dá suporte para o uso de hormônios, e as pessoas usam sem acompanhamento médico”, justifica.
O advogado Dr. Juarez (Solidariedade) pontua que o público precisa de atenção e dignidade. “Temos uma coordenadoria para esse público. Ela vai continuar existindo e vamos dar toda a atenção e toda a melhoria. Eu sempre digo que Nova Lima tem coisas boas, mas elas podem melhorar”, afirma.
Ele também defende um apoio em caso de violência físicas e psicológicas.
O ex-prefeito Carlinhos Rodrigues (PDT) reclama que a coordenadoria, criada em sua gestão, foi abandonada. “Ela foi desativada. É um lugar onde se articulariam as políticas, as ações de suporte, liberdade e diversidade na nossa cidade. Nossa própria atuação nessa questão foi positiva”, pontua.
O militar Soldado Flávio de Almeida (PT) defende um trabalho integrado em defesa da causa LGBTQIA+. “O trabalho é de longo prazo e integrado, com vários setores conjuntos. Isso começa com ações educacionais para a instrução coletiva nas escolas e dentro dos próprios bairros, promovidas pelas associações em parceria com as coordenadorias de Inclusão Social”, explica.
Jobert Jobão (UP) afirma em seu programa de governo que é preciso garantir que o público LGBTQIA+ tenha acesso ao mercado de trabalho e o reconhecimento do nome social.
Já o empresário Sérgio Americano Mendes (Podemos) planeja, em uma eventual gestão, que a administração pública se guie pelo respeito às diversidades, à liberdade de expressão e à cidadania.