Transporte

Eleições em BH: João Vítor propõe aumento de 40% da frota de ônibus da capital

Candidato quer que o número de coletivos que circulam na cidade passe dos atuais 2.853 para 4.000; ele vai cobrar o cumprimento do edital e das contrapartidas das empresas

Por Sávio Gabriel
Publicado em 09 de novembro de 2020 | 15:00
 
 
 
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Caso venha a assumir a prefeitura de Belo Horizonte a partir do próximo ano, o deputado estadual João Vítor Xavier (Cidadania), que disputa o comando da capital, propõe colocar pouco mais de 1.100 ônibus a mais em circulação pelas ruas da cidade. Com isso, a frota atual, que segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte é de 2.853, passaria para 4.000 coletivos.

Para tirar a ideia do papel, o candidato diz que vai exigir o cumprimento do contrato que as empresas têm com a administração, trabalhando também para que as contrapartidas previstas sejam concretizadas. “Hoje o edital é cumprido na hora de cobrar a passagem, que é a segunda mais cara entre todas as capitais do Brasil, mas não é cumprido na hora de dar ônibus de qualidade para a população, de cumprir os horários dos ônibus para a população ou na hora da renovação da frota”, avalia.

“Aquilo que elas têm que dar de contrapartida têm que ser dado na melhoria do serviço do transporte e na garantia de que o serviço contratado no edital seja cumprido”, diz João Vítor. Uma das contrapartidas previstas e que já foi alvo de várias queixas em outras ocasiões pelo não cumprimento diz respeito à presença dos cobradores nos coletivos, conforme prevê uma lei de 2012. O candidato do Cidadania falou sobre suas propostas durante um encontro ocorrido na manhã desta segunda-feira (09) no bairro Capitão Eduardo, na região Nordeste.

Sobre a viabilidade da medida em quatro anos, João Vítor diz que é possível rediscutir o edital e as contrapartidas. Com relação a esse reforço na frota já estar nas ruas, ele afirma que “é possível trabalhar para chegar lá”. “Vamos colocar a procuradoria do município para estudar cada detalhe. Tudo o que for direito do povo de Belo Horizonte, nós vamos discutir com as empresas de ônibus. O que for direito delas, nós vamos respeitar porque a gente respeita o contrato, o mercado e a livre iniciativa”. Ele pondera que, apesar das cobranças, “nenhum prestador de serviço da prefeitura vai ser tratado como inimigo”.

Bilhete único. O candidato também propõe uma articulação conjunta da Prefeitura de Belo Horizonte com os municípios da região metropolitana, com o governo do Estado e com a União para implementar o bilhete único. João Vítor diz que a ideia é estudar modelos adotados em outras cidades do mundo, como Paris e Londres.

“Temos que aprender com eles. Vamos conversar. Como que eles fazem lá? Quando que foi implementado? Quais as dificuldades que enfrentaram? Se isso é feito em outros lugares do mundo, a gente pode fazer aqui também”, explica, afirmando que falta diálogo entre os poderes. “Se depois de sentar e de discutir não tiver solução, pelo menos se tentou. O que não dá para dizer é que não tem solução se você não sentar na mesa para conversar”.

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