Eleições em BH: Nilmário mira 'vitória política' com disputa municipal

Nilmário Miranda, candidato pelo PT à Prefeitura de Belo Horizonte, associa a rejeição ao partido e a dificuldade que as candidatura petistas enfrentam para crescer nas pesquisas, sobretudo nas capitais, ao que ele chamou de “perseguição injusta”. No entanto, para a avaliação do petista, mesmo se houver uma derrota eleitoral, ele acredita que o PT possa sair politicamente vitorioso das eleições deste ano. 

“Nós sabemos da dificuldade, nós fomos injustamente caracterizados como uma organização criminosa, como uma máfia. Claro, cada dia mais gente percebe que isso foi um jogo político para tirar Lula, por exemplo, da disputa de 2018”, afirmou Nilmário que ainda lembrou:  “ De 2012 para 2016, o PT perdeu, nas eleições municipais, 10 milhões de votos”   

De acordo com o candidato, nessa reta final, ele está focado no que ele chama de vitória política, que seria o segundo lugar e também o enfraquecimento do bolsonarismo na cidade e no país. 

“Eu aprendi na minha vida que em eleição  às vezes tem uma derrota eleitoral, mas tem uma vitória política. Vitória política é quando você elege uma bancada maior que tem, consegue mais votos que em eleições passadas e, no caso do PT, fazer enfrentamento ao bolsonarismo e a expansão da extrema direita no país”, afirmou. 

“Eu tenho falado com o pessoal que eu quero chegar em segundo lugar, porque aos olhos do povo parece que a eleição já está definida, mas para mim eleição quem define é a soberania nacional, só cinco horas da tarde de domingo que vamos saber o resultado”, pontuou o candidato, que reafirma acreditar ainda na possibilidade de um segundo turno. “Se chegarmos no segundo turno aí é outra eleição, outro debate, com uma discussão mais ampla de ideias para a cidade”, ressaltou. 

Segundo o petista, essa avaliação acerca do processo eleitoral só será feita após o término das eleições. 

“Passada as eleições nós vamos medir quantos prefeitos tem dois turnos, quantos prefeitos em capitais, quantos prefeitos em cidades médias, quantos prefeitos em cidades pequenas, quantos vereadores e a quantidade total de votos. Têm vários indicadores que vão nos mostrar se sairemos politicamente vitoriosos ou não dessas eleições”, concluiu.

Cidades Médias 

Contrapondo de certa forma a dificuldade encontrada por candidaturas petistas em capitais, o partido apresenta quadros competitivos em algumas cidades médias. Como é o caso de Juiz Fora, na Zona da Mata, onde a petista Margarida Salomão lidera as pesquisas, e também em  Contagem, na região metropolitana, com a deputada estadual pelo PT Marília Campos apontada como favorita a ocupar a cadeira do Executivo municipal.

Para o candidato a Prefeito de BH, que segue em quinto lugar com 2% dos votos, conforme apontam as pesquisas, essas possíveis vitórias em algumas cidades médias seriam bastante positivas para o fortalecimento da legenda.

“Em Teófilo Otoni nós temos um prefeito muito bom do PT com chance de ser reeleito que é o Daniel Sucupira, por exemplo, temos Juiz de Fora com a Margarida,  Contagem com a Marília também. Temos muitas cidades com chances de elegermos prefeitos do PT. E são cidades polos em suas regiões”, reiterou.

Quanto a essa diferença de desempenho entre a capital e as cidades médias, Nilmário afirma que a avaliação dos cenários só poderá ser feita após as eleições, porque ele ainda acredita na possibilidade de crescer e chegar no segundo turno.  

Questionado se caso atinja esse objetivo ele não teme que o PT foque nas candidaturas mais competitivas, deixando a dele em segundo plano, o petista também prefere deixar essa avaliação para depois do resultado final. 

“Vamos fazer essa avaliação a partir das 17h do dia 15, ai conversamos. Até lá não faço nenhuma avaliação nesse sentido. Nada está definido, não posso comentar algo que ainda não aconteceu”, ponderou o candidato.