O candidato derrotado em Contagem, Felipe Saliba (DEM) acompanhou a apuração de casa e não compareceu ao diretório após a apuração, mas falou à reportagem por telefone. "Fica uma sensação de dever cumprido, nós tivemos 140 mil votos e temos o sentimento de que a cidade queria renovação, queria mudança. A gente lamenta pelo resultado, o retrocesso que teve na cidade, mas respeita o resultado", comentou. Saliba teve 139.987 votos, o correspondente a 48.65% dos votos válidos.
Para integrantes da campanha, um dos fatores que levou à derrota foi a pandemia, já que muitos eleitores não foram às urnas. "Se pudéssemos voltar atrás, seria nessa questão mesmo de convencer as pessoas sobre a importância de ir votar, porque essa diferença pode ter sido determinante no resultado", avalia Washington Patrício, membro da equipe de comunicação de Saliba.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a abstenção em Contagem foi de 22,94% (98.086 eleitores). Houveram 7.992 votos (2,75%) em branco e 19.972 nulos (6,87%).
Ademir Lucas, ex-prefeito de Contagem e coordenador da campanha de Saliba, lamentou a derrota, mas ressaltou o fortalecimento político do candidato. "Ela [Marília Campos] sempre falou que ganharia no primeiro turno, e não ganhou, foi para o segundo com um iniciante", lembra. Lucas também reiterou que o grupo político que alçou Saliba deve se manter unido para os próximos pleitos. "Não temos que olhar só segundo turno, temos que ver a eleição. Foram 15 candidatos e ele, iniciante, é que foi para o segundo turno", avaliou o ex-prefeito.
Entre os membros da campanha, que não quiseram se identificar, o sentimento era de vitória. A diferença apertada, de menos de 8 mil votos, na avaliação deles, fortalece o nome de Saliba como liderança política na região metropolitana.