Segundo turno

Em Juiz de Fora, candidatos apostam no reforço das propostas na reta final

Margarida Salomão (PT) e Wilson Rezato (PSB), que disputam o segundo turno, vão falar sobre suas propostas para governar a cidade

Por Sávio Gabriel
Publicado em 22 de novembro de 2020 | 19:55
 
 
 
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A uma semana da realização do segundo turno, a deputada federal Margarida Salomão (PT) e Wilson Rezato (PSB), que estão na disputa pela Prefeitura de Juiz de Fora, na Zona da Mata, vão focar suas estratégias na apresentação de propostas e na intensificação dos debates. Se por um lado a petista vai apostar numa divulgação geral das medidas que pretende implantar, seu adversário deve focar seus discursos na área da saúde.

“Na reta final é outra história, tem que conquistar o eleitor e apresentar de maneira simplificada as propostas”, disse Rezato. Um dos pontos que ele pretende reforçar ao longo dos próximos dias é a implementação da Secretaria da Mulher já em janeiro do próximo ano, diferentemente da previsão inicial, que era em 2022, conforme consta em seu plano de governo. “Durante a campanha percebeu-se que já existem coisas absurdas e que a Casa da Mulher que existe não está conseguindo atender (a demanda) de forma adequada”, detalhou.

O fortalecimento da atenção primária à saúde é outro ponto a ser destacado pelo candidato nos próximos dias. “Se a gente fizer de forma eficiente, incluindo um educador físico e um outro profissional, vamos dar evolução na atenção primária”, afirmou o candidato do PSB, destacando que, se eleito, pretende implementar “o melhor programa de saúde da família do Brasil”. Ele deve focar também na proposta de universalizar a atenção primária em 100% do território da cidade e na reabertura da Policlínica Benfica até maio do ano que vem.

O socialista também pretende adotar um discurso de diferenciação da candidatura de sua adversária e faz críticas a ela. “O nosso projeto para Juiz de Fora é o da mudança; o outro, o da continuidade. Todo mundo que está lá (na atual administração) está com a outra candidata, que é do PT, que quebrou o Brasil, Minas e não quero que quebre ainda mais Juiz de Fora”, disparou. “Vamos mostrar essa diferença na reta final”, complementou.

Margarida Salomão, por sua vez, disse que vai manter a mobilização feita durante toda a campanha. “Está muito forte pela cidade inteira, envolvendo muitos grupos sociais, lideranças das comunidades, juventude, mulheres e movimentos sociais”, explicou a petista, se mostrando animada com o engajamento nesta reta final. Não haverá foco em um tema específico. “Vamos continuar fazendo, claro que com a intensidade da reta final, essas mesmas ações que viemos fazendo desde o início da campanha e que está dando muito certo”, complementou.

Sobre as críticas feitas pelo seu adversário, Margarida Salomão disse que as afirmações são fruto de um “desconforto da posição em que ele estava competindo”. “Ele tomou uma virada, já que era o candidato que vinha na posição mais favorável nas pesquisas. Nesse último processo ele está em franco declínio e, naturalmente, com isso, ele procura fazer uma campanha mais negativa do que aquela que eu mesmo tenho praticado”, avaliou.

A petista também classificou como “afirmação humorística” a declaração de que a candidatura dela simbolizaria a continuidade da atual gestão. “Se eu venho a ser prefeita, sou a primeira mulher prefeita de Juiz de Fora, interrompendo a sequência de prefeitos homens, brancos e vários deles engenheiros, tal qual ele próprio é”. A candidata ainda afirmou que o PT nunca governou o município e que alguns ex-gestores da cidade apoiam o nome de Wilson Rezato.

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