Eleições 2020

Em Nova Lima, situação cita continuidade, e oposição cobra ações na saúde

Entre as promessas para a cidade estão fila menor para serviços médicos e policlínica que funcione em tempo integral

Por Bruno Menezes
Publicado em 06 de outubro de 2020 | 06:00
 
 
 
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Apesar de ter alguns pontos que precisam de melhorias, o acesso à saúde em Nova Lima, na região metropolitana, é considerado satisfatório pela maioria dos candidatos à prefeitura. Durante a pandemia do coronavírus, o município, que tem cerca de 96 mil habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seguiu protocolos rigorosos de segurança para a doença. Até ontem, segundo a Secretaria de Estado de Saúde, 3.206 casos da doença foram registrados na cidade, e 38 pessoas morreram pela Covid-19.

Para além do coronavírus, os candidatos prospectam melhorias necessárias para a saúde. De acordo com o atual vice-prefeito da cidade, João Marcelo Dieguez (Cidadania), investir em tecnologia e em prevenção é importante até para gastar menos.

“O processo de informatização na saúde já foi iniciado, mas nós precisamos concluir e avançar através de um sistema integrado que vai mostrar as variantes sociais da saúde. Precisamos priorizar investimentos na atenção básica. Prevenir é melhor que remediar, até porque procedimentos de maior complexidade são mais onerosos ao município. Então é muito importante a gente direcionar investimentos para o primeiro atendimento e ações preventivas”, explica. 

Com apoio do atual prefeito de Nova Lima, Vitor Penido (DEM), o candidato Wesley de Jesus (DEM) destaca que a gestão já fez melhorias e reduziu a fila de espera para procedimentos médicos, que chegava a 12 mil pessoas. Para o vereador, a política agora é de continuidade. 

“Estamos criando o centro de referência para intervenções cardiovasculares. O prefeito já autorizou a obra, já se iniciou. Estamos iniciando um convênio para fazer cirurgias no crânio, qualquer doença que envolva questões cerebrais. Além disso, o prefeito vai dar início, e nós queremos continuar com a construção do centro oncológico”, afirma Jesus. Atualmente, os pacientes que fazem tratamento de câncer são levados em vans da prefeitura para atendimento em Belo Horizonte. 

O militar reformado Soldado Flávio de Almeida (PT) cobra o cumprimento da promessa da atual gestão de construir uma policlínica no bairro Jardim Canadá. A expectativa é que ela funcione em tempo integral. “Essa região é imensa e gera uma receita para Nova Lima em torno de 53% do total. Ela não foi construída, a que a gente tem hoje mal, mal funciona até as 17h”, reclama. 

Entre as propostas para a saúde, o candidato Sergio Americano Mendes (Podemos) destaca a criação do programa Farmácia em Casa. “É uma van com enfermeiro ou enfermeira que vai fazer a entrega de remédios de uso contínuo para a população, principalmente a mais idosa. Aí ele já aproveita e mede a pressão, faz uma avaliação se necessita de uma intervenção médica ou não. Isso também elimina o fator de risco tanto para Covid-19 quanto para outras doenças”, afirma.

Tecnologia e prevenção

Além do investimento na atenção básica e em serviços secundários, como diagnósticos, o ex-prefeito Carlinhos Rodrigues (PDT) defende a criação de um centro de especialidades médicas. “Que faça diagnóstico e intervenções em oftalmologia, pediatria, pneumologia, todas as áreas da saúde”, explica Rodrigues, que tem como vice a médica Doutora Dóris (PDT).

A Fundação Nossa Senhora de Lourdes, responsável por gerir o hospital pública da cidade, recebe recursos da prefeitura. O advogado Dr. Juarez (Solidariedade) defende parcerias com grandes hospitais para aprimorar o trabalho. “Temos tecnologias em hospitais de São Paulo. Por que não buscamos tecnologia no (hospital Albert) Einstein? Pegar o conhecimento e trazer para cá”, diz. 

Além de defender a prevenção, a candidata a vice-prefeita na chapa do UP, Roberta Zanon (PSOL), pontua que investimento na saúde inclui outras áreas. “Tem que ser feito de maneira interseccional, por exemplo, com o esporte e lazer, com educação. É preciso integrar as secretarias para que a gente não gaste tratando doenças”, explica.

 

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