Eleições em BH

João Vítor quer assegurar cobradores nos ônibus para auxiliar deficientes

Candidato diz que é preciso cumprir a legislação atual e que os profissionais são necessários para ajudar população com limitações

Por Sávio Gabriel
Publicado em 10 de novembro de 2020 | 16:30
 
 
 
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Para facilitar o acesso de pessoas com deficiência aos ônibus de Belo Horizonte, o deputado estadual e candidato à prefeitura da capital, João Vítor Xavier (Cidadania), defende a presença dos cobradores em todos os coletivos que possuem plataformas elevatórias. A ideia é que os profissionais atuem nos ônibus conforme já prevê a legislação atual, que faculta a ausência desses trabalhadores apenas no horário noturno, fins de semana e feriados.

“Essa medida tem que ser tomada porque quando você tem o cobrador, ele é o auxiliar para ajudar as pessoas que precisam entrar nos ônibus. Quem acompanha essa realidade vê que muitas vezes a parte mecânica (dos equipamentos de acessibilidade) não funcionam, o passeio não tem a angulação necessário para pessoa entrar”, diz, reforçando que a ausência dos profissionais é sentida por toda a população, em especial pela parcela com limitações de locomoção.

A lei 10.526/2012 prevê que os ônibus da capital tenham cobradores, com exceção dos BRTs, daqueles que operam no horário noturno, aos fins de semana e feriados. A ausência também é permitida nos coletivos que fazem transporte executivo, turísticos ou nos miniônibus. No entanto, esse é um tema que vem gerando polêmica nos últimos anos já que muitas empresas não cumprem o que determina a legislação.

Outra proposta é a ampliação do Centro de Referência Para Pessoa com Deficiência da capital. Segundo João Vítor, essa medida pode ser feita tanto pelo aumento dos serviços já prestados como também pela descentralização das unidades. “Belo Horizonte é uma cidade grande, com realidades distintas em suas regiões e que às vezes é muito difícil a pessoa ter acesso ao serviço pela questão geográfica”, pontua.

Aplicativo. Em caso de uma eventual gestão sua em Belo Horizonte, o candidato do Cidadania também pretende desenvolver um aplicativo para mapear as vagas de estacionamento exclusivas para deficientes e idosos na capital. “Tanto pode ser feita pela empresa de tecnologia da prefeitura, que é a Prodabel, ou (a alternativa) que eu acredito mais, que (é o desenvolvimento) pela iniciativa privada, que tem muito mais agilidade, velocidade e mais tecnologia para resolver esse tipo de questão”.

Nesse cenário, o desenvolvimento pode passar por um processo conhecido como hackathon, que são eventos da área de tecnologia onde profissionais se reúnem para desenvolver um produto específico. “Não é um mundo mais em que a prefeitura fala ‘eu quero assim ou assado’ porque as respostas da comunidade, das pessoas e do mundo científico são melhores de quem está demandando”, explica.

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