Vai começar
A campanha eleitoral começa a tomar forma nesta quinta-feira, 18, após a promulgação no Congresso da PEC que institui a “janela partidária”, um período de 30 dias para acomodação de pré-candidatos em novas legendas. Muitos prefeituráveis em potencial devem trocar de partido para viabilizar suas candidaturas. E essa movimentação até meados de março irá definir o tabuleiro das disputas municipais em outubro.
Tabuleiro
Em BH, vários pré-candidatos cogitam mudar de legenda. Cortejado pelo PSD, que lhe ofereceu legenda para disputar a PBH, o deputado João Vitor Xavier pode deixar os quadros do PSDB, onde estão convidados a ingressar Délio Malheiros (PV) e Alberto Pinto Coelho (PP), ambos dispostos a virar tucanos por um palanque de prefeito. No PT, Reginaldo Lopes já mandou parte do seu grupo para a Rede. As próximas semanas serão decisivas para os prefeituráveis, definindo quem tem cacife para entrar no tabuleiro.
Jogo aberto
No momento, o jogo está aberto a todos os partidos, inclusive pequenos, que também se movimentam para ocupar espaço no tabuleiro. O presidente da Câmara de BH, Wellington Magalhães, articula uma frente de nanicos com PTN, PSDC, PSC e PMN para lançar um nome à sucessão de Lacerda ou indicar o vice na chapa de outro grupo. No primeiro caso, o candidato a prefeito será o ex-vereador e atual deputado Marcelo Álvaro Antônio, que nos próximos dias trocará o PRP por um nanico da frente. Já na negociação da vice, o indicado seria o próprio Magalhães.
Novidade
O que está estimulando muita gente a entrar na corrida pela PBH é o desejo de renovação que vem sendo detectado no eleitorado pelos institutos de pesquisas. Nos levantamentos recentes, os entrevistados mostram cansaço com políticos conhecidos e manifestam anseio por mudanças. O eleitor quer “novidade” nesta eleição, para resumir tudo numa expressão.
Quebrado
O PT chega à campanha eleitoral em péssima situação financeira na capital. Sem dinheiro para pagar alugueis, IPTU e as contas em atraso, o diretório municipal está devolvendo sua antiga sede no Lourdes para se abrigar nas dependências do diretório estadual, no mesmo bairro. Não se sabe o valor das dívidas do PT–BH. Fala-se em centena de milhares de reais.
Só caindo
Em 2015, conforme o balanço oficial publicado, os investimentos da PBH em obras na cidade totalizaram R$ 620 milhões, montante 39,7% inferior aos recursos investidos em 2014. Para este ano, a previsão é de mais queda: servidores da área de finanças acreditam que, com corte, o investimento chegará a meio milhão, ou menos 19% em relação ao ano passado.
Tempos de arrocho
A Cemig está cortando as verbas de custeio dos escritórios terceirizados de advogados. Antes, o reembolso de gastos com taxi, xerox e outros serviços representava uma boa receita extra para os advogados. Agora, o veio secou.
Ameaça no ar
A política de arrocho prepara a Cemig para uma possível perda das três hidrelétricas que ela vem operando provisoriamente, enquanto a Justiça não resolve o imbróglio em torno delas. Se perder a ação e tiver que devolver as usinas ao governo federal, a Cemig irá encolher dramaticamente. Pode se reduzir à metade do que é hoje. Mais uma grande empresa mineira a perigo.
Padrinho
Anderson Adauto não ficará de fora das eleições em Uberaba. Inelegível após condenação no STJ por improbidade administrativa, o ex-ministro prepara um candidato para enfrentar o prefeito Paulo Piau, do PMDB, que tentará a reeleição.