Os números obtidos com exclusividade pela reportagem de mostram uma realidade desoladora para a sociedade do ponto de vista da segurança pública. Os relatórios elaborados pelo alto-comando da Polícia Militar colocam em xeque o próprio trabalho da instituição e as estratégias de governo.
Não se verifica, conforme os números, avanço algum em Minas Gerais, apesar de todo o esforço do governo em garantir mais recursos financeiros para essa área. A “nota zero” dada pela Polícia Militar à segurança se justifica pelo aumento de 27% nos crimes com uso de arma de fogo, pelos quase 23% nos crimes violentos e pelo crescimento de 7% de homicídios. Também pelos aumentos nos crimes contra o patrimônio, pela diminuição das apreensões de armas e pelo descumprimento de metas das operações preventivas.
O pior de tudo é que inversamente proporcional foi o investimento no combate ao crime. Apesar da violência desenfreada, nunca se investiu tanto em segurança pública. Somente em 2013, o ano em que as metas das 18 Regiões Integradas de Segurança Pública não foram cumpridas, os recursos alcançaram R$ 6,5 bilhões, valor 16% maior do quem em 2012.
Segundo o governo, os recursos destinados à segurança passaram da quinta para a quarta maior despesa do Estado. As justificativas oficiais para o decepcionante desempenho é a “migração do crime”, uma resposta muito vaga, especialmente para quem deveria trabalhar com inteligência e estratégia, além de alguma capacidade de antever os problemas.
Dentre tantos dados ruins, os piores são apresentados pela 1ª pela 2ª Região Integrada de Segurança Pública, respectivamente, Belo Horizonte e Contagem, que também envolve Betim e cidades circunvizinhas. Não é difícil imaginar por que nessas duas regiões a violência atinge níveis tão alarmantes, com médias de crimes violentos que chegam a ser o dobro das registradas em todo o Estado.
Aqui, na região metropolitana de Belo Horizonte, não há centros de reeducação infantil, as prefeituras investem pouco ou quase nada em programas sociais, crianças e adolescentes de comunidades carentes estão jogados à própria sorte, o sistema de saúde não presta, a diversão é nula, e a droga é opção de diversão, a família deixou de ter papel de protagonista na formação do cidadão, o modelo de escola que temos não contribui, e a população, por sua vez, não colabora com uma cultura da paz.
Desse jeito, com os governos sem tempo ou desejo para pensar e planejar, com a corrupção cada vez mais sem controle e a população sem disposição ou forças para ajudar, não há dinheiro nem policiais capazes de diminuir a terrível marca de 1.225 crimes violentos para cada 100 mil habitantes. É uma triste realidade, sem perspectivas para melhorar.Os números obtidos com exclusividade pela reportagem de <CF82>O TEMPO</CF> mostram uma realidade desoladora para a sociedade do ponto de vista da segurança pública. Os relatórios elaborados pelo alto-comando da Polícia Militar colocam em xeque o próprio trabalho da instituição e as estratégias de governo.
Não se verifica, conforme os números, avanço algum em Minas Gerais, apesar de todo o esforço do governo em garantir mais recursos financeiros para essa área. A “nota zero” dada pela Polícia Militar à segurança se justifica pelo aumento de 27% nos crimes com uso de arma de fogo, pelos quase 23% nos crimes violentos e pelo crescimento de 7% de homicídios. Também pelos aumentos nos crimes contra o patrimônio, pela diminuição das apreensões de armas e pelo descumprimento de metas das operações preventivas.
O pior de tudo é que inversamente proporcional foi o investimento no combate ao crime. Apesar da violência desenfreada, nunca se investiu tanto em segurança pública. Somente em 2013, o ano em que as metas das 18 Regiões Integradas de Segurança Pública não foram cumpridas, os recursos alcançaram R$ 6,5 bilhões, valor 16% maior do quem em 2012.
Segundo o governo, os recursos destinados à segurança passaram da quinta para a quarta maior despesa do Estado. As justificativas oficiais para o decepcionante desempenho é a “migração do crime”, uma resposta muito vaga, especialmente para quem deveria trabalhar com inteligência e estratégia, além de alguma capacidade de antever os problemas.
Dentre tantos dados ruins, os piores são apresentados pela 1ª pela 2ª Região Integrada de Segurança Pública, respectivamente, Belo Horizonte e Contagem, que também envolve Betim e cidades circunvizinhas. Não é difícil imaginar por que nessas duas regiões a violência atinge níveis tão alarmantes, com médias de crimes violentos que chegam a ser o dobro das registradas em todo o Estado.
Aqui, na região metropolitana de Belo Horizonte, não há centros de reeducação infantil, as prefeituras investem pouco ou quase nada em programas sociais, crianças e adolescentes de comunidades carentes estão jogados à própria sorte, o sistema de saúde não presta, a diversão é nula, e a droga é opção de diversão, a família deixou de ter papel de protagonista na formação do cidadão, o modelo de escola que temos não contribui, e a população, por sua vez, não colabora com uma cultura da paz.
Desse jeito, com os governos sem tempo ou desejo para pensar e planejar, com a corrupção cada vez mais sem controle e a população sem disposição ou forças para ajudar, não há dinheiro nem policiais capazes de diminuir a terrível marca de 1.225 crimes violentos para cada 100 mil habitantes. É uma triste realidade, sem perspectivas para melhorar.
Clique e participe do nosso canal no WhatsApp
Participe do canal de O TEMPO no WhatsApp e receba as notícias do dia direto no seu celular
O portal O Tempo, utiliza cookies para armazenar ou recolher informações no seu navegador. A informação normalmente não o identifica diretamente, mas pode dar-lhe uma experiência web mais personalizada. Uma vez que respeitamos o seu direito à privacidade, pode optar por não permitir alguns tipos de cookies. Para mais informações, revise nossa Política de Cookies.
Cookies operacionais/técnicos: São usados para tornar a navegação no site possível, são essenciais e possibilitam a oferta de funcionalidades básicas.
Eles ajudam a registrar como as pessoas usam o nosso site, para que possamos melhorá-lo no futuro. Por exemplo, eles nos dizem quais são as páginas mais populares e como as pessoas navegam pelo nosso site. Usamos cookies analíticos próprios e também do Google Analytics para coletar dados agregados sobre o uso do site.
Os cookies comportamentais e de marketing ajudam a entender seus interesses baseados em como você navega em nosso site. Esses cookies podem ser ativados tanto no nosso website quanto nas plataformas dos nossos parceiros de publicidade, como Facebook, Google e LinkedIn.
Olá leitor, o portal O Tempo utiliza cookies para otimizar e aprimorar sua navegação no site. Todos os cookies, exceto os estritamente necessários, necessitam de seu consentimento para serem executados. Para saber mais acesse a nossa Política de Privacidade.