operação de guerra

Quase mil militares atuam no RS, mas isolamento impede montagem de hospital

As Forças Armadas ampliaram para 936 militares o apoio aos moradores do Rio Grande do Sul, que sofrem com o temporal incessante

Por Renato Alves
Publicado em 04 de maio de 2024 | 09:34
 
 
 
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Quase mil militares das Forças Armadas atuam no resgate de moradores do Rio Grande do Sul, em função do temporal que castiga o Estado há quase uma semana. O número de mortos subiu para 56 neste sábado (4), e o governo local admite que a quantidade de vítimas tende a crescer

Estes eram os números da tragédia, conforme o mais recente balanço da Defesa Civil:

  • 39 mortos
  • 68 desaparecidos 
  • 74 feridos
  • 32.248 pessoas estão fora de casa
  • 8.168 pessoas estão em abrigos 
  • 24.080 desalojadas, na casa de familiares ou amigos
  • 235 dos 496 municípios do estado registraram algum problema
  • 351.639 mil pessoas afetadas de alguma forma

Na quinta-feira (2), as Forças Armadas ampliaram para 936 militares o apoio aos moradores do Rio Grande do Sul. A atuação ocorre em 25 municípios, onde também estão sendo empregadas 16 aeronaves, 76 embarcações e 81 viaturas. 

As atividades desempenhadas incluem resgate de pessoas ilhadas, além de evacuações aeromédicas. Os militares ainda fazem distribuição de água, alimentos e donativos, além de auxiliar na recuperação da infraestrutura danificada. 

Isolamento impede montagem de hospital de campanha

Ainda na quinta-feira, chegou em Canoas (RS) a estrutura para um hospital de campanha (HCamp) das Forças Armadas, que estava no Rio de Janeiro. A unidade seria instalada em Lajeado (RS), um dos mais prejudicados pelo temporal. 

O município encontra-se isolado e sem energia e seus hospitais estão fechados. Por causa da falta de acesso à cidade, o comando do Exército teve de mudar o plano e decidiu instalar a unidade hospitalar em Estrela, vizinha à Lajeado .

Mas as condições das estradas também impediram a montagem da estrutura em Estrela. “Estamos com dificuldade para chegar pelas estradas. Tivemos de retornar e esperar”, afirmou o general Hertz Pires do Nascimento, comandante da operação no RS,  em entrevista coletiva no fim da tarde de sexta-feira (3).

O Hospital de Campanha dispõe de uma enfermaria com 40 leitos, dois consultórios de atendimento e um setor de triagem. Outros dois módulos hospitalares também deverão ser instalados nas regiões mais necessitadas. O módulo conta com enfermaria, 40 leitos, 2 consultórios para atendimento e 1 para triagem.

FAB recebe donativos para as vítimas das enchentes 

A FAB lidera uma campanha de coleta de donativos para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Além de receber o material – roupas, colchonetes, água potável e gêneros alimentícios não-perecíveis – ela realizará a distribuição.

A Base Aérea do Galeão, a Base Aérea de São Paulo e a Base Aérea de Brasília centralizarão as doações.

Veja onde deixar sua doação

  • Base Aérea de Brasília: Área Militar do Aeroporto Internacional de Brasília. Das 8h às 18h
  • Base Aérea de São Paulo: Portão G1, Av. Monteiro Lobato, 6365, Guarulhos, ou  Portão G3 (acesso pelo aeroporto). 8h às 18h
  • Base Aérea do Galeão: Estrada do Galeão S/N. 8h às 18h

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