Articulação

Saiba as prioridades apresentadas por Pacheco em reunião com Lula

O presidente do Congresso Nacional e o presidente da República se reuniram na noite de quinta-feira (2), no Palácio da Alvorada

Por Gabriela Oliva
Publicado em 04 de maio de 2024 | 15:52
 
 
 
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Em uma conversa privada entre o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foram discutidas três prioridades econômicas. A agenda ocorreu no Palácio da Alvorada, em Brasília (DF). 

Durante a conversa com o presidente, Pacheco ressaltou a relevância de três pautas econômicas: a reoneração dos municípios, a reoneração de 17 setores estratégicos com alta empregabilidade e a abordagem da dívida dos estados com a União.

O presidente do Congresso comunicou ao petista que essas questões foram levantadas como preocupações pelos setores empregadores, municípios e estados, em virtude do possível aumento das alíquotas de contribuição previdenciária que poderiam ser exigidas.

Pacheco também ressaltou a urgência de encontrar uma solução rápida para essas questões, pedindo aos ministros e líderes do governo que dediquem uma atenção especial a essas demandas.

A discussão desses temas econômicos tem gerado tensões entre Pacheco e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, devido à sua busca por um déficit zero. As propostas em debate têm o potencial de afetar diretamente esse objetivo, o que tem contribuído para as divergências entre os dois líderes.

Pacheco tem buscado uma posição central nesse debate não só para atender às demandas dos parlamentares de suas bases eleitorais em um ano de eleições municipais, mas também para consolidar sua influência política visando o futuro. Resolver essas questões seria um trunfo estratégico, especialmente considerando que ele é avaliado como possível candidato indicado por Lula para disputar o governo de Minas Gerais em 2026.

Apesar da sua articulação pelas prioridades econômicas, Pacheco também está liderando outras pautas que podem impactar os cofres públicos, como a PEC do Quinquênio, que propõe aumentos periódicos nos vencimentos de juízes e promotores. Essa medida pode causar um rombo de até R$ 81,6 bilhões nas contas públicas entre 2024 e 2026.

Nesse contexto, o ministro da Fazenda mantém firme seu posicionamento, enquanto Lula tem buscado atuar como mediador entre Pacheco e Haddad, buscando um equilíbrio entre as demandas econômicas do Executivo e Legislativo.

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