Cruzeiro: Justiça autoriza bloqueio de contas de Wagner Pires e Itair Machado

A Justiça de Minas Gerais atendeu ao pedido do Cruzeiro e determinou o bloqueio de mais de R$ 800 mil nas contas de Itair Machado, Wagner Pires de Sá e de João Sérgio Ramalho, o 'João da Umbro', sócio da empresa Veloz e Moraes Negócios e Consultoria Ltda, responsável pelo agenciamento do goleiro Fábio, atualmente no Fluminense-RJ. O processo se refere justamente à renovação de Fábio com o Cruzeiro em 2018.

De acordo com Marcos Lincoln Padilha dos Santos, superintendente jurídico da associação do Cruzeiro, a decisão foi proferida no dia 23 de abril pela juíza Cláudia Costa Cruz, da 5ª vara cível de Belo Horizonte e publicada na noite dessa sexta-feira (3/5) pelo Diário Oficial do Estado de Minas Gerais.

Qual é o processo?

O processo é referente à renovação do contrato do goleiro Fábio, firmado em 20 de novembro em 2018. À época, houve a assinatura de um acordo que previa pagamento de R$ 900 mil à Veloz e Moraes como comissão pela ampliação do vínculo com o Fábio. Na ocasião, o Cruzeiro foi representado por Wagner (presidente) e Itair Machado (vice de futebol) no acerto.

Porém, após a divulgação de irregularidades administrativas e investigação policial sobre a gestão de Wagner Pires, Fábio prestou depoimento à polícia e alegou que a renovação contratual foi acertada diretamente com Itair Machado na Toca da Raposa II e sem a presença de um intermediador.

À reportagem de O TEMPO Sports, o Dr. Marcos Lincoln explicou que a ação indenizatória foi movida em 2021 pela Associação, que entrou com um pedido de gratuidade de Justiça devido à crise financeira pela qual o Cruzeiro passava:

"A associação não conseguiu gratuidade de justiça e por isso, só agora em abril de 2024, a juíza analisou a ação e deferiu o pedido de bloqueio de bens e ativos das contas de Wagner, João e Itair. Por isso a demora para que a decisão fosse publicada.", disse Marcos Lincoln.

Nessa liminar, a juíza Cláudia Costa Cruz pediu o bloqueio de contas bancárias, aplicações financeiras e de veículos que estejam em nome dos réus. Segundo o Dr. Marcos Lincoln Padilha dos Santos, diretor jurídico da associação do Cruzeiro, a decisão não é final e cabe recurso por parte dos investigados.

Retornos

Procurado pela reportagem de O TEMPO Sports, João Sérgio Ramalho, sócio da Veloz e Moraes, disse estar fora do Brasil e não quis se manifestar sobre o caso.

O ex-presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, e Itair Machado, ex-vice de futebol do clube, também foram procurados pela reportagem em vários números de telefone, mas não houve retorno até o fechamento desta matéria. 

Após a publicação da reportagem, a Associação Cruzeiro postou nota oficial sobre o caso. Veja:

 

 

 

 

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