Com uma base de 1 milhão de usuários, a start-up mineira AppProva (clique aqui para acessar o site da empresa) foi selecionada para participar do LaunchPad Accelerator, programa de aceleração do Google que investe em torno de US$ 900 mil (cerca de R$ 3,1 milhões) em empresas brasileiras. Com o programa, além de se consolidar no mercado, o aplicativo da empresa de Belo Horizonte deve evoluir tanto na parte tecnológica como na concepção do produto. “Nossa expectativa é melhorar o aplicativo, extrair o máximo da tecnologia a que vamos ter acesso para melhorar a experiência do nosso usuário”, entusiasma-se um dos sócios do start-up, João Guilherme Gallo.

A alegria não é para menos. Participar do programa do gigante norte-americano garante uma verba de US$ 50 mil (cerca de R$ 175 mil) que pode ser gasta da forma que a empresa achar melhor, uma imersão de duas semanas na sede do Google no Vale do Silício, nos Estados Unidos, seis meses de coworking mantidos pela multinacional, além de monitorias e contatos com investidores brasileiros e norte-americanos.

“Durante o programa, as empresas terão conteúdo sobre a experiência do usuário, como adquirir e reter clientes, marketing, além da parte tecnológica”, explica José Papo, gerente de relacionamento com desenvolvedores e start-ups para a América Latina do Google e responsável pelo LaunchPad Accelerator no Brasil.

Além da AppProva, foram selecionadas mais cinco start-ups brasileiras, uma do Rio de Janeiro e quatro de São Paulo. O programa envolve ainda seis empresas da Índia, seis da Indonésia e seis do México, totalizando 24. “O que a gente percebeu é que mercados como Estados Unidos e Europa já estavam maduros, então optamos por investir nesses países, que têm mercado para crescer e têm qualidade de empreendimentos e de desenvolvedores”, diz Papo.

Conheça. O AppProva prepara seus usuários para avaliações como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), apresentando o conteúdo em simulados. Além disso, a start-up também oferece versões do aplicativo a universidades para nivelamento de conhecimento dos alunos e preparatório para o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). A start-up hoje tem oito sócios e 54 funcionários.

Start-up ganha com linhas de aceleração 

A start-up AppProva já participou de outros programas de aceleração que foram importantes para chegar ao LaunchPad Accelerator do Google. “Os programas são muito importantes para potencializar negócios, preparar a empresa e aproximar investidores. Com certeza não é só o dinheiro que faz a diferença”, afirma um dos oito sócios da start-up AppProva, João Guilherme Gallo. A empresa participou do programa Start-Up Brasil e do projeto Acelera MGTI, ambos mantidos pelo governo federal, este último em parceria com a Fumsoft, além de já ter recebido investimentos da Fundação Lemann.

Outra vantagem dos programas de aceleração é a evolução do produto. “Ajuda demais na parte de concepção, melhorando a experiência do usuário e colaborando para reter o público”, explica o empresário.

A AppProva foi selecionada para participar da segunda turma do programa do Google. Segundo a empresa norte-americana, uma terceira turma pode ser aberta em 2016, mas ainda não há confirmação. O Google não informa o número de empresas que se inscreveram para participar, quando o edital foi lançado, mas afirma que a procura superou as expectativas. 

Mais meio milhão com contas em atraso

São Paulo. Só em abril, os serviços de proteção ao crédito receberam 500 mil novos consumidores devedores e negativados. O contingente de inadimplentes agora envolve 59,2 milhões em todo o país, segundo levantamento da SPC Brasil e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Significa dizer que de cada dez adultos no país, quatro estão com seus nomes nas listas de inadimplentes, e que 39,9% da população com idade entre 18 e 95 anos está com suas prestações em atraso e o CPF sujo.

Dívidas com água e luz são as que mais crescem, mas pendências bancárias respondem pela maior parte dos compromissos atrasados, afirma a economista-chefe da SPC Brasil, Marcela Kawauti. O aumento nos registros de atrasos de pagamentos ocorreu nas quatro regiões analisadas pelo SPC Brasil e pela CNDL.

De acordo com o indicador das duas instituições, no último mês de abril<WC>,<WC1> frente a igual período do ano passado, houve um aumento de 5,8% no volume de brasileiros inadimplentes no consolidado das regiões Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sul. O indicador não considera os dados da região Sudeste, que estão suspensos devido à entrada em vigor da Lei Estadual 16.569/2015, conhecida como “Lei do AR”, que dificulta a negativação de inadimplentes em São Paulo.

Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o aumento na quantidade de consumidores negativados reflete as dificuldades do cenário macroeconômico, com piora dos índices de renda e aumento das demissões.