Expectativa
Eleições em BH: Áurea Carolina está confiante no segundo turno em BH
Candidata aposta na votação que teve nas últimas duas eleições e também no percentual de eleitores dispostos a mudar seu voto
13/11/20 - 19h30
Em terceiro lugar na última pesquisa DataTempo/Quaest divulgada na quinta-feira (12) e empatada com outro candidato à prefeitura de BH, Áurea Carolina ainda acredita na possibilidade de uma virada de votos e na chegada ao segundo turno no próximo domingo (15).
Embora, todas as últimas pesquisas realizadas tenham apontado para a possibilidade de o prefeito Alexandre Kalil (PSD) vencer ainda em primeiro turno, a candidata publicou recentemente em suas redes sociais que ainda há espaço para mudança. Isso porque os levantamentos recentes, tanto o DataTempo/Quaest quanto o Datafolha apontam um percentual entre 23 e 26% dos eleitores que disseram que ainda podem mudar seu voto.
Ela também se fia no resultado das eleições anteriores: em 2016, Áurea se candidatou pela primeira vez para a Câmara de BH e foi a vereadora mais votada na capital. Em 2018, tentou a Câmara dos Deputados e também ficou entre os parlamentares mais votados no Estado.
“Temos potencial de surpreender no domingo, assim como nas duas vezes em que eu me candidatei em que não havia uma sinalização de pesquisa de que eu teria a votação expressiva como aconteceu nas duas vezes. Na primeira nem se fala, ninguém nem me viu e eu fui a mais votada de Belo Horizonte”.
Mas, reconhece que a tendência à reeleição é grande e essa possibilidade foi reforçada pelo cenário da pandemia. “Mas, claro que o cenário é difícil e a reeleição é uma máquina poderosíssima, isso em qualquer contexto eleitoral. E não é fácil fazer campanha com essas condições de restrição que a pandemia nos impôs. A gente teve que se adaptar e fazer muitas atividade online, mas o apelo não é o mesmo, por mais que a gente se esforce e mobilize as pessoas”.
Frente de esquerda
Áurea Carolina acredita que se tivesse conseguido consolidar uma frente ampla de esquerda em BH, sua candidatura teria ainda mais chances. Ela está em uma construção que envolve o PSOL, UP e PCB, enquanto PT, PCdoB, PSTU e PCO lançaram candidaturas próprias.“Da forma como as pesquisas têm apontado é notório que, se houvesse uma frente ampla de esquerda, a gente poderia estar na segunda posição com folga, de acordo com esses levantamentos”, afirma.
Mas, disse respeitar a opção de cada um dos partidos que decidiu pela candidatura própria. “Eu acho que agora é hora de continuar e respeitar também as escolas dos partidos porque o debate foi feito, nós insistimos, nós tentamos, mas os entendimentos não permitiram que a gente tivesse essa aliança”.
Afirmou ainda que acredita que, em um possível segundo turno contra o prefeito Alexandre Kalil (PSD), sua campanha teria o apoio das demais legendas. “Se eu for para o segundo turno, nós teremos um rearranjo e sim, eu acredito que a maior parte dos partidos do nosso campo vão declarar apoio a nossa candidatura”.
E ressaltou o fato de ter a candidatura de esquerda com maior intenção de voto até agora. “De qualquer forma, está evidente que a nossa candidatura é a mais competitiva do campo e isso faz com que nós sejamos aquela que tem condição mais concreta de isolar o bolsonarismo na nossa cidade”, concluiu.