Eleições em BH: Vice de Áurea participa de agenda com movimentos negros

O candidato a vice-prefeito na chapa de Áurea Carolina (PSOL), Léo Péricles (UP), participou de um encontro com lideranças de movimentos negros de Belo Horizonte na tarde desta quarta-feira (11) no bairro Floresta, região leste da capital. Áurea também estaria presente, mas cancelou sua participação após uma pessoa de sua equipe de campanha testar positivo para Covid-19 no início da tarde.

Segundo Péricles, as demandas apresentadas pelas entidades presentes reforçam aquilo que já aparece no plano de governo da Frente de Esquerda BH em Movimento - composta pelo PSOL, UP e PCB. “Vimos também na atividade a necessidade de reforçar as políticas públicas que caminhem de forma permanente ao lado do enfrentamento ao racismo” disse. 

Ele também falou sobre a questão da representatividade da população negra nos espaços de poder. “Evidentemente foi falado sobre a necessidade de fazer um embate ao racismo estrutural em Belo Horizonte, uma cidade que tem a maior parte de sua população negra, mas que historicamente sempre vem sido dirigida por elites que, além de muito ricas, são brancas. Então, essa foi uma discussão, sobre a necessidade de representação da maioria” destacou.

Ainda sobre essa aspecto, Léo Péricles destacou que sua candidatura com Áurea Carolina é um diferencial por se tratar de uma chapa “100% negra e vinda da periferia” e falou sobre a importância da eleição de pessoas negras também para o Legislativo. “E [uma construção] que também traz na sua base de candidaturas para a Câmara Municipal também, uma quantidade considerável de candidaturas negras, populares, de periferias, de mulheres, reforçando também nessa reta final a necessidade de dar mais destaque para essas candidaturas porque hoje não há nenhum negro ou negra na Câmara de BH”, disse.

O vice de Áurea também pontuou a presença de representantes de blocos de Carnaval - como Bloco Angola Janga e Bloco Seu Vizinho -, que apresentaram reivindicações de apoio da prefeitura. “O que seria mais complementar ao que a gente já vem construindo é a necessidade de uma outra política com relação aos blocos de periferia, do ponto de vista do Carnaval”, concluiu. 

Também articiparam do encontro representantes dos movimentos e coletivos: Juventude Negra Política, Movimento Negro UFMG, Afronte, Programa Ações Afirmativas UFMG, Rede Emancipa, Núcleo de Negros, Negras e Indígenas do PSOL-BH, Movimento Correnteza, Odun Orixás, Movimento Negro Unificado (MNU), Ações Afirmativas, SegundaPRETA, Prêmio Leda Maria Martins, Livraria Bantu (empreendedora negra), Bloco Angola Janga, Brigadas Populares, Teatro Espanca!, Coletivo Nzinga, Cuenda-se e Samba da Meia Noite.

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