Alagamentos
Fim de enchentes na Vilarinho vai além de intervenções pontuais, diz João Vítor
Candidato do Cidadania defende projeto que possa resolver de maneira definitiva o problema, mas diz que é preciso adotar uma política mais ampla em toda a cidade
12/11/20 - 15h03
O fim das enchentes na avenida Vilarinho, na região de Venda Nova, um dos principais problemas que atingem a capital há anos, passa por soluções que vão além das intervenções na região, segundo defende o candidato à Prefeitura de Belo Horizonte, João Vítor Xavier (Cidadania) Embora ressalte que a solução definitiva das enchentes na capital seja algo para além de quatro anos, ele pontua que caso seja eleito é possível iniciar o processo para pôr fim à questão.
“A questão das enchentes em Belo Horizonte não vão ser resolvidas somente com obras de curto prazo. Tem que ser com a mudança na dinâmica da cidade”, diz, pontuando medidas como a coleta de água da chuva nas residências, revegatação da cidade e, em médio e longo prazo, devolver os espaços naturais dos rios e córregos que atualmente são canalizados na capital.
“Falamos numa cidade mais verde, com mais árvore, mais natureza. São ações pequenas, mas importantes que, somadas, têm um grande impacto na cidade”, complementa. Uma das ideias de João Vítor é implantar um projeto de fomento tributário para que as pessoas possam instalar sistema de captação de água da chuva nas casas.
Sobre a avenida Vilarinho, ele defende que seja feito um projeto que resolva de forma definitiva o problema e faz críticas à atuação da gestão do prefeito Alexandre Kalil (PSD). “A prefeitura tem dinheiro em caixa para fazer a obra e não deu conta até hoje de licitar. Fizeram uma licitação pequeninha”, disse, referindo-se ao edital de R$ 10,5 milhões publicado pela gestão em julho e classificando a medida como “fake news”. Atualmente, há máquinas no local fazendo intervenções.
“Para não falar que não tinha nada, para botar meia dúzia de máquinas lá, fizeram licitação de R$ 10 milhões, colocando máquina ali no ponto nevrálgico do problema e fingir que estão resolvendo a questão”, complementou.
Área de risco. Sobre a população de Belo Horizonte que mora nos morros e em outras áreas de risco da capital, o candidato do Cidadania defende que é preciso dar segurança. Para isso, ele pretende reforçar a prestação do serviço público para que, em caso de emergência, haja agilidade por parte da administração municipal na assistência.
“Tivemos pessoas que morreram na Vila Bernadete, no Barreiro, com a Defesa Civil sendo acionada ao meio-dia e horas depois a casa desabando sem a prefeitura fazer absolutamente nada”, criticou o candidato do Cidadania. A reportagem procurou a equipe do prefeito Alexandre Kalil para comentar as críticas, mas não obteve um posicionamento até a publicação desta matéria.